Se você tem muito tempo disponível, vale a pena. É uma comunidade bastante antiga, com muita história, mas, como quase tudo no Marajó, esquecida. Uma pena. Portanto, só se tiver muito tempo disponível.
Pude ver com os meus próprios olhos as construções europeias que historiadores portugueses afirmam ser de antes de Cabral, o que tem lá: um poço enorme, uma igreja de pedra, o enorme rio amazonas, um amontoado de pedras ao longo do rio e varias porcelanas q os moradores encontram lá e guardam. Só não lembro se foi Duarte Pacheco ou Pinzón que fizeram essas construções.
Fazer cicloturismo no Marajó é maravilhoso, minha amiga e eu fomos para Monsaraz sem saber o que encontrar, e sem dúvida são poucas, posso contar em uma mão os pontos de interesse que podem ser vistos ali. Essa localidade conta com 402 anos de história, e como em qualquer lugar desse país, boa parte dessa história foi destruída. O poço antigo foi restaurado com cimento comum e erigido um horroroso telhado com telha modelo ondulado. O secular mosteiro, edificado junto a igreja, fora destruído por pessoas que procuravam ouro, pois, lendas diziam que o precioso metal tinha sido escondido nas paredes, até hoje pode ser visto as enormes pedras fazendo uma barragem artificial para segurar poções de terra e as suas enormes fundações que percorrem vários metros. A Igreja de São Francisco de Assis, bem pintada, contudo, o novo piso descaracteriza totalmente essa que é a sexta igreja de pedra do Brasil. Esse vila guarda uma parcela muito importante do Pará, e é quase que totalmente esquecida pelo pelo estado. Sorte que conta com uma comunidade maravilhosa, pessoas que acolhem os viajantes, pois não tem lugar para hospedagem. No período de chuvas é quase impossível chegar, pois são oito quilômetros de atoleiros. É o tipo de lugar para quem busca aventura, em breve retornarei para rever as pessoas que conheci nesta pitoresca e pouco turística vila.
É uma pena ver esse povoado com tanta história ser totalmente ignorado pelos órgãos competentes pelo patrimônio histórico do Pará. Uma bela igrejinha em pedra sobrevive a trancos e barrancos. Uma pena.